futuro capado

Jonas Freitas
2 min readNov 11, 2023

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A morte envolve a tudo, como um envelope endereçado a vida. E nessa carta ela se dá conta que a lua, os rios, as marés, e até mesmo os poemas um dia vão morrer, e finalmente descansar. Mas a morte não é a certeza da lembrança, a morte não é a celebração do que já foi. Ela é somente uma garantia. Às vezes sombria, pálida e escondida de tudo aquilo que um dia vive, e faz sombra.

Mas por que levar tudo assim ao pé da letra, como quem come o último pedaço com fome, se a morte é incerta no quando, e se o talvez já seja permeado de vida? Tem gente por aí que se esquece que a palavra não dita adianta o calendário da morte, que pode vir em vida, toda vez, e sempre, que a gente se contenta, se acomoda, e se satisfaz com menos que a vida proporciona.

Diz o ditado, ninguém quer morrer, mas todo mundo quer ir pro céu! Então um brinde a morte! não como um desejo antecipado de quem vive. Ou que acelera futilmente seu processo por temer a vida, mas um brinde ao beijo dado com paixão, ao amanhecer compartilhado com carinho, e a uma vida que se vive com paixão.

Seguir esse caminho para um dia olhar por cima dos ombros, e ver que a vida foi uma aventura que valeu a pena, e que sobreviver aos percalços nos qualifica para subir ao monte onde os deuses descansam e então reclamar com honra, a imortalidade das nossas almas;

Diga mais bom dia ao dia, e aproveite cada eclipse e passagem dos corpos celeste, e se lembre sempre de beijar os lábios de quem você ama, olhando com carinho e se assegurando que a pessoa entendeu: o amor é uma promessa que não se esquecerá enquanto valer a pena.

Um amor verdadeiro não morre, ele se transforma. Ame, corra, viva, morra, recomece.

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Jonas Freitas

As melhores histórias são as que ainda não foram contadas!